Província Jesus Bom Pastor
Fundada em 05/12/1953
As Irmãs Pastorinhas atuam na Pastoral da Paróquia Santo Antonio, Diocese de Caxias do Sul, em comunhão com a equipe sacerdotal e leigos. Dedicam-se ao acompanhamento das comunidades, formação das lideranças, coordenação da catequese paroquial e à pastoral de apoio aos toxicômanos.
Endereço Rua Marechal Deodoro, 263 Centro CEP - 95700-000 Bento Gonçalves - RS Telefones (54) 3452.5899 bento@irmaspastorinhas.com.br |
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Pastoral da dignidade da Mulher |
Data 09/06/2014 | - Hora 10:52
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PASTORAL DA DIGNIDADE DA MULHER
MULHER, NINGUÉM TE CONDENOU? NEM EU TE CONDENO (Jo 8,10).
É profundamente consolador encontrar pessoas que se colocam a serviço da vida, da dignidade, da acolhida, do ir ao encontro das pessoas que são excluídas, vítimas do preconceito e do julgamento de muitos, colocando-se em uma atitude de escuta e de compaixão.
Este é o humilde trabalho feito pela pastoral da Dignidade da mulher, pastoral que se destina ir ao encontro das últimas, das mais abandonadas, mais feridas em sua dignidade por encontrarem-se envolvidas com o mundo da prostituição ou em risco de cair.
![]() D. Paulo Moretto, bispo emérito de Caxias do Sul, por ocasião dos 25 anos de caminhada desta pastoral disse: “A Pastoral da Dignidade da mulher não aponta como quem acusa e condena, mas como quem estende a mão e quer ajudar. A Igreja é sempre acolhedora e pronta a nos mostrar que o amor sempre encontra algo para fazer ajudar, mesmo quando os limites são estreitos, ou quando, num primeiro momento não se pode fazer uma cirurgia que arranca o mal, mas só um curativo como o bom Samaritano”.
A Paróquia Santo Antonio conta com um grupo de seis pessoas que se reúne mensalmente para estudo, para fortalecer a mística e a espiritualidade deste trabalho. A cada dois meses são feitas as visitas nas boates, levando uma mensagem de esperança e de vida. Procuramos apresentar um Deus que ama incondicionalmente a cada uma com ternura e compaixão. Por ocasião das visitas o grupo é sempre muito bem acolhido. Ouvimos com freqüência das pessoas visitadas as expressões: “Que bom que a Igreja lembra de nós”. “Obrigado, estávamos precisando de uma visita assim”. “Ficamos felizes com a visita e a mensagem de vocês”.
![]() Eis alguns testemunhos pessoais das agentes desta pastoral:
“Quero agradecer muito a Deus por ele ter me permitido e me dado a graça de poder estar em comunhão com minhas irmãs em Cristo, e me alegro porque sou chamada a estar em missão para a construção do reino de Deus aqui na terra.Pude sentir um pouco mais e conhecer o quanto DEUS é misericórdia e o quanto ELE nos ama...Independente de qualquer coisa pois é um amor pleno sem medidas e que não impõem condições... porque simplesmente ama a cada um do jeito e do estado que estivermos”
“Foi muito especial a visita que fizemos às meninas da noite. Algumas manifestaram que pelo motivo de estarem lá não são coitadinhas, e isto expressa uma forma de auto defesa, contra o preconceito que vivem no seu dia a dia pela sociedade. Prova disto é a dificuldade que a pastoral da dignidade da mulher encontra em ter pessoas voluntárias para este serviço. Eu fui lá pensando em ajudá-las, mas elas é que me ajudaram, pois saí de lá com a certeza de que sou capaz de olhar para cada uma delas sem julgá-las. Compreendi que por trás daquelas maquiagens carregadas, existem mulheres com um história, com sentimentos, com tristezas e alegrias. O mais importante foi essência de Jesus em cada olhar e em cada abraço que dei e recebi”.
Na visita que realizamos, tomamos conhecimento de vários os casos do tráfico humano; Ouvimos estes depoimentos:
“Eu fui vendida, fui traficada, dizendo que seria garçonete dançante, trabalhar em um restaurante fino e iria ganhar um bom salário. Quando cheguei lá não era nada disso, fiquei apavorada do que vi e do que fui obrigada a fazer e do modo que tive de viver. Queria voltar mas não me deixaram, disseram que deveria permanecer lá e já estava com um dívida que não sabia de onde tinha saído. Foi horrível”.
“Eu fui convidada para trabalhar como recepcionista de executivo em um hotel, deveria acompanhá-lo, orientá-lo aos lugares que deveria ir, o salário seria de R$ 2.000 reais. Ao chegar no local só vi mulher sem roupa, homens bebendo na maior festa, desandei a chorar, a gritar que queria ir embora. O chefe me chamou, xingou muito, disse que agora já era tarde demais. Me obrigou a me arrumar e a começara trabalhar. Lembro o primeiro homem com quem fiquei, me perguntou o que tinha, pois chorava muito e dizia que não queria isso para mim”.
![]() Sabemos que são muitos os rostos sofridos de pessoas vítimas do tráfico. Que esta Campanha da Fraternidade sensibilize nosso coração para esta realidade desumana. Deus não quer ver seus filhos e filhas sofrendo. Somos convidados a mergulhar nesta triste realidade, descobrindo nestas pessoas o rosto sofrido de Cristo. Confiantes no Deus da vida, continuamos com perseverança em nossa missão.
Ir. Ângela Soldera e equipe
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